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Cultura Italiana

sábado, 14 de julho de 2012

Recensione - Sussidiario Illustrato Della Giovinezza [Baustelle] (2000) (Ristampa: 2012)

Ciao a Tutti! Hoje eu quero fazer uma resenha de um discão italiano, que ganhou merecidamente um relançamento. Trata-se do disco de lançamento da banda Baustelle, uma banda fundada no meio dos anos 90, em Siena, que faz uma música bem particular, Indie Rock, eletrônica.
Para quem não conhece Baustelle, a banda não deixa nada a desejar para as bandas internacionais [Assim como o La Musica Suona tenta provar que a Música Italiana em geral não deixa a desejar em nada].
Fazendo um som totalmente peculiar, novo, de sonoridade actual, a banda lançou em 2000 seu primeiro disco, de forma independente, que será reimpresso este ano pela Warner Bros. Desde 2005 com a banda, a Warner IT gravou 3 discos para a banda, o ultimo de 2010, porém só agora o debut da banda será relançado. E ele merece! O disco é considerado um marco para o Pop Italiano, a redescoberta daquele gosto entre "Il Noire" e "La Nouvelle Vague", que seria imitado por muita gente a partir da banda "Il Genio". A banda não esconde citações cinematográficas, seu amor por Pietrangeli, Morricone, Fellini, pela "La Dolce Vita", principalmente na faixa Cinecittà, e basicamente mostram no disco os amores adolescentes, os pequenos problemas dos corações de meninas, dos sonhos que faliram, dos sonhos que ainda virão, é basicamente o que fundamentaliza o disco. Disco de Rock Leve, com aquela pitada eletrônica...
A voz baixa e sensual de Francesco, e a mais melodiosa de Rachele se alternam nas canções, ou entram juntas em duetos, acompanhados de um baixo extramente pop, melódico, presente durante todo o disco.
Vamos ouvir junto e entender o porque esse disco foi um marco histórico no início dos anos 2000 na Italia...
Todos os nomes de música te leva para o Youtube para escutar a música. Aproveite.

Sussidiario Illustrato Della Giovinezza começa com uma faixa pop rock, com um toque eletrônico, chamado "Le Vacanze Dell'Ottantatre", uma faixa que fala das "férias sintéticas de 83". A música fala de uma primeira experiência sexual, como no verso "Eu me escondo, eu os espiava... ela e o meu melhor amigo, eles se tocavam..." Música com ótimos vocais, e uma experimentação linda de ritmos, onde os vocais de Bianconi e Bastreghi se sobrepõem perfeitamente..
O disco continua com Martina, uma canção pop que praticamente puxa a faixa número um. A letra é quase poesia, cheia de rimas, e com uma letra "Fighissima", como qualquer jovem italiano diria.  Uma canção que você se encontra com a dor do primeiro chute. Música intensa, cantada por todo o grupo, que se imerge perfeitamente nos tormentos adolescentes que a canção trata...
A faixa Sadik, canção que começa com uma guitarra quase distorcida, mas que sobressai durante a música verdadeiramente o contrabaixo com linhas de baixo excelentes. A música não tem nenhum pudor, além de uma música com letra bem aberta (hehehe), ainda tem trechos com possíveis moças com orgasmos. Música excelente! A música inteira passa 2 idéias ao mesmo tempo. Escolha a que quiser...
Em Noi Bambini Non Abbiamo Scelta, do erotismo anterior caímos nas ilusões infantis, numa música de 7 minutos que muda totalmente a sonoridade do disco, fazendo uma canção bem down, que porém mostra que não teremos escolhas nunca, não só quando somos crianças como diz o título da música, mas a vida inteira. Quem disse que tens escolhas? "Escreva na minha boca as palavras que não posso dizer enquanto choro neste mundo estúpido..."
Gomma nos leva para a metade do disco, onde Rachele Bastreghi divide os vocais com Francesco Bianconi numa música bem Alternative Rock, com uns mixes bem legais. A canção remete claramente a "Common People", aos Pulp.
La Canzone Del Parco é uma canção experimental da banda, eles abusam da sonoridade sintetizada com um contrabaixo em linhas de baixo extremamente marcantes, quase perfeitas, presentes do início ao fim da faixa, com um aparecimento de outros instrumentos apenas na metade da faixa. Cantado totalmente por Rachele, exceto no refrão, onde a banda canta junto, eu considero uma das melhores faixas do disco, talvez uma das melhores da banda...
La Canzone Del Riformatorio é quase uma continuação da anterior, musicalmente dizendo. A base de música é quase a mesma, Contrabaixo marcante, porém uma faixa mais pop. A canção recorda muito "Disco 2000", ainda da banda de Cocker.
A faixa Cinecittà eu já comentei bem acima, nas declarações iniciais do disco, uma canção que começa com uma música maravilhosamente envolvente, com um dueto estranho, uma entrevista para um filme erótico que segue ainda um outro coro interessante da Toscana, onde ele listou suas paixões, tudo temperado por citações literárias e do cinema.
A nona canção é Io E Te Nell'Appartamento, uma música amarga, cheia de lembranças, pensamentos, reflexões e esperanças. O CD fecha, e, infelizmente, ousarei dizer, com Il Musichiere 999, onde Baustelle pergunta-se, ''o que você tem?'', ou digamos... ''O que você aspira ou promete para o futuro?''.

Um excelente disco que merece com certeza uma resenha extensa como esta! Escute as canções, não se arrependerás!

NOTA: 9.5
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