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Cultura Italiana

segunda-feira, 19 de março de 2012

Recensione - Chiaro [Gigi D'Alessio] (2012)

Ciao People! Hoje falaremos do novo disco de Gigi D'Alessio. Esta é a continuação das resenhas de todos os discos novos de participantes do Festival de Sanremo. Já falamos até agora de Adriano Celentano, Nina Zilli, Eugenio Finardi, Samuele Bersani, Francesco Renga, e Pierdavide Carone.

Este trata-se de um disco novo, de inéditas, cheio de altos e baixos. Foi lançado dia 15 de fevereiro em toda Itália, e obviamente dentro dele tem a música Respirare, junto com Loredana Bertè. O disco tem ótimas colaborações, como Michael Thompson na guitarra, Pino Palladino no contra-baixo, Tower Of Power nos Sopros, e da Orquestra Sinfônica de Londres. Todos músicos e grupos de alto calibre.
Porém, mesmo com algumas faixas excepcionais eu não posso deixar de dizer que vi faixas ali totalmente fora do padrão de Gigi D'Alessio, seja porque sempre esperamos muito dele, ou porque realmente são fracas. Vocês decidirão comigo isto agora...

O disco começa com a música que o intitula, "Chiaro". A música começa tranquila, com notas tranquilas, e com pequenas notas de piano, e apenas o vocal de Gigi, cantando uma bela estrofe. Logo que diz "chiaro" pela primeira vez na música, um jogo de violinos começam a tocar incessantemente com a bateria, e todos dão um show de musicalidade. Conforme passa a música, você consegue ouvir particularidades de tantos ótimos músicos nítidamente, como linhas de baixo fantásticas que surgem do nada, uma belíssima orquestra no fundo, sempre super presente, e onipotente nas subidas de notas, e um solo de guitarra inesperado do meio para o fim da música, que tira o fôlego de tão belo que é. Esta faixa é fantástica!

Logo após esta maravilhosa canção, passamos para "Respirare", faixa concorrente no Festival de Sanremo, e que todos conhecem bem. A música é um funky muito bem feito, onde Pino Palladino mostra como é virtuoso e porque mereceu tocar com The Who, Paul Young, Eric Clapton, Pink Floyd, John Mayer Trio, e Simon Phillips por exemplo. A faixa me tira o fôlego, palavras de baixista! A faixa é fantástica no disco, muito melhor que a versão de Sanremo. [Alguns irão contra, mas eu dou essa ênfase principalmente pela parte instrumental].
A terceira faixa é "Io Sarò Per Te", que começa com Gigi e um arranjo de piano. Após o primeiro minuto, a faixa transforma-se numa baladinha e quebra um pouco o ritmo das duas primeiras faixas. A letra é bela, e seus vocais muito bem feitos.
Passamos agora para "Sono Solo Fatti Miei", que tem uma batida de música pop, mas se assemelha muito em sonoridade, com o estilo de música que Andrea Bocelli fazia em discos como Amore, ou Romanza, por exemplo. Exceto pelo refrão, que é um refrãozinho bem comercial. Estas são duas faixas que achei que estavam deslocadas da sonoridade do "A-Side" do disco. Não são ruins. São comuns.
A quinta faixa do disco é a "Pericolosamenteinnamorata" single fantástico que te faz novamente lembrar que está ouvindo um disco de um gênio italiano. Esta é outra faixa funkeada, com um toque especial de Michael Thompson, que é guitarrista de funk em origem mas já tocou do blues ao AOR Rock, participando de bandas como Frank Zappa, Asia, Free, Michael Bolton, Michael Jackson, Ray Charles, Joe Cocker e outros deuses da música. Meus olhos brilharam com a qualidade da música.
"Cronaca D'Amore" é a sexta música, e trata-se de uma música com letra doída, que você sente só de ouvir. É uma música calma mas desta gostei bastante. É uma música calma, mas não é nem comercial, nem fraca. Belíssimos vocais e uma refinada instrumentação.
Para fechar o "A-Side" do disco disco, vem a faixa "C'era Una Volta Un Re", uma faixa que é um reggae bem gostoso de ouvir, calmo e contemporâneo! A música ele escreveu pensando em seu pai, belíssima de verdade.
O Segundo lado do disco, começa com a faixa "Ti Voglio Bene Ancora", uma música onde Gigi D'Alessio faz uma homenagem às suas origens, e canta a canção em dialeto napolitano. Uma faixa muito carinhosa, e que deve ter uma particularidade única para ele. Tocante.
Seguimos com "Sapessi Dove Sei", faixa que ele mostra o grande poeta que é. Quando ouvi a primeira vez, queria ver mais sobre a instrumentalização da faixa, a ambientação mas quando notei o refrão, tive que voltar ao início só para prestar atenção na letra. Mas acho que o único objetivo da música é mostrar a bela letra mesmo, porque quando voltei a ouvir a música em si, nota-se facilmente que a musicalidade dela é pobre. O típico "comece baixinho, grite no refrão, faça um solinho e volte a cantar baixinho". Fórmula velha e gasta, Gigi.
"Me Duele La Cabeza", é uma música eletrônica, que não se encaixa bem com o seguimento do disco, você meio que se assusta quando ela começa, porque sai totalmente do que o disco estava passando. Também a achei vulgar. Não a letra, o ritmo mesmo, eu não sei o que esta faixa está fazendo no disco.
Porém, quando começa a faixa 11, você nota que é "Respirare" novamente, porém é um remix, feito pelo Dj Mario Fargetta, conhecido também como Get-Far. O cara é um gênio da ÍtaloDance, seus remix tocam em rádios jovens da Itália a madrugada inteira, e justifica a entrada da música anterior no disco, porém novamente pergunto: O que essa faixa faz no disco? Estava tão bom do jeito que andava. Lançasse essas coisas como bônus em Deluxe Edition.
Tudo bem, após passarmos o pequeno susto recebemos a faixa "Domani e Poi", que de uma forma meio que bizarra sai do eletrônico para faixa calma, meio pop, mas não reclamo, prefiro faixas assim que aquelas batidas todas que vieram do nada. A Orquestra Sinfônica de Londres faz uma participação belíssima nesta faixa.
"A Voglia e Ce 'Vasa", é a penúltima música do disco, outra faixa cantada em dialeto. Não consegui entender bem a letra, mas ele cantou muito bem... Se alguém for expert em napolitano ai e estiver lendo, por favor, traduz isto para mim? Meus conhecimentos de napolitano beiram o inexistente.
"A última faixa do disco é "Lettera da Pietro", que como a música mesmo já deixa claro, é uma letra feita para seu irmão, e ai sim, tem uma bela colocação no disco, pois a última faixa do primeiro lado do disco também foi uma homenagem. Encaixa bem. A letra é pensando em Adriana, a esposa de Pietro. É uma faixa gostosa de ser ouvida. Assim acaba o disco de Gigi D'Alessio, que comemora seus 20 anos de carreira como cantor, um dos mais importantes da Itália.
Para que compreendam a nota do disco, considerei 4 das 12 músicas como totalmente desnecessárias, o que  tirou do disco o potencial de ser um capolavoro.


Nota: 8


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Escutem agora a música Chiaro, primeira faixa do disco de mesmo nome, por Gigi D'Alessio:

Um comentário:

  1. Cara curti muito a suas resenhas e Curiosidades! Realmente Muito boa a música. Continue com esse ótimo trabalho!

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